1.9.23

Eras sobre eras se somem no tempo que eras vêem. Assim começou o discurso que a barbara escreveu no nosso baile de finalistas. Uma frase que me ficou eternamente.
A verdade é que há um tempo da travessia em que os hábitos rotinas de sempre já não nos servem. Em que vamos ao armário para vestir a roupa de sempre numa rotina de sempre e percebemos que já não gostamos da roupa, que já não nos assenta bem, que agora não aperta e não nos veste. E aí temos duas opções ou ousamos fazer a travessia e perceber o que queremos agora, que roupa nos veste agora, o que nos faz sentido agora. Ou ignoramos e ficaremos eternamente na margem de nós mesmos. Mais que ousar mudar devemos ousar ser nós próprias. Não aquilo que os outros dizem que somos, aquilo que somos. Não aquilo que sonhámos ser, aquilo que somos. Ousar ser é a coisa mais difícil de todas, implica desconetarmo-nos dos planos que temos para nós, que tínhamos para nós, que o mundo para nós.. e ser com ousadia. E se ousarmos a vida devolve-nos.
Libertemo-nos de planos, de expectativas ousemos viver e deixemos que a vida nos surpreenda.
A vida acontece quando sentimos e sentindo nos permitimos ser fieis ao que sentimos.

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